O presidente Bolsonaro demitiu o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, pois ele teria sugerido informações sobre a nova CPMF e impostos para ministérios.
A divergência na reforma tributária foi o que derrubou ele, declarou Bolsonaro.
Nesta última quarta-feira dia 11, Bolsonaro fez um anuncio comunicando que a partir deste dia o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra foi exonerado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que o secretário será substituído por José de Assis Ferraz Neto, e Marcelo Silva, o qual foi o pavio da contenda continuará no cargo.
A causa de sua demissão seria por “divergências no projeto da reforma tributária”, segundo o presidente Bolsonaro, Cintra teria divulgado informações sobre a criação da nova CPMF, pois ele afirmou que havia uma “incompatibilidade de projetos”, no entanto, informações sobre o projeto só poderiam ser anunciadas depois do aval do presidente e do ministro da Economia.
“Houve um conflito de ideias, incompatibilidade de projetos, de percepções de realidade, mas espero que a reforma continue avançando e continuo torcendo por esse governo”, disse Cintra o ex-secretário.
Marcelo Silva apresentou um estudo no seminário, sobre a o qual apresentava a desoneração da folha de pagamento. A contribuição paga pelos trabalhadores teria um corte de 7%, passando de 20% para 13%,contudo, seria criada uma Contribuição Social sobre Pagamentos (CP), de 0,4%.
Marcos Cintra, vice-diretor da Fundação Getulio Vargas (FGV), defende a ideia de impostos sobre transações financeiras.
A “nova CPMF” não foi o único peso que arrastou o ex-secretário para a demissão, em agosto ele demitiu o subsecretário-geral do órgão, João Paulo Fachada, o que fez com que houvesse um clima tenso, entre ele e os técnicos da Receita.
Em nota o Ministério da Economia publicou que, “O Ministério da Economia comunica o pedido de exoneração do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra. Esclarece ainda que não há um projeto de reforma tributária finalizado. A equipe econômica trabalha na formulação de um novo regime tributário para corrigir distorções, simplificar normas, reduzir custos, aliviar a carga tributária sobre as famílias e desonerar a folha de pagamento. A proposta somente será divulgada depois do aval do ministro Paulo Guedes e do presidente da República, Jair Bolsonaro. O ministro Paulo Guedes agradece ao secretário Marcos Cintra pelos serviços prestados. O auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto assume interinamente o cargo.”